Deputado insinua que coligação de PSB e PT no Rio visa ‘segundo turno’

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O acordo que pôs lado a lado no Rio o PSB, que tem como candidato à Presidência o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), e o PT, que atuará pela reeleição de Dilma Rousseff (PT), vem recebendo críticas e provocado desentendimento entre os socialistas do Estado.

Com a aliança na chapa que reúne o senador Lindbergh Farias (PT) para governador e Romário (PSB) para o Senado, Dilma perdeu o palanque exclusivo que teria de seu próprio partido e o PSB, de Campos, um pouco do discurso veemente em nome do sentimento de mudança que norteia a campanha do ex-governador pernambucano.

A oficialização da coligação entre PSB e PT no Rio tem como adversário explícito o deputado federal Alfredo Sirkis (PSB). Em seu blog, o deputado publicou um texto duro com a direção regional do partido em que questiona as motivações da própria sigla e do PT em firmar parceria local no momento em que, cada vez mais, os dois partidos estão distantes em sua concepção de país.

“Nada contra o senador, pessoalmente. Mas perdoem-me o recurso ao chulo: isso não seria uma coligação, mas uma suruba! Não tenho condições de apoiá-la por uma razão muito simples e cristalina: sou crítico ao governo do PT. Passei os quatro anos de mandato criticando o governo Dilma, de forma respeitosa porém firme, e venho propugnando uma alternância nessas eleições. Não posso agora aparecer coligado ao PT utilizando do seu quociente eleitoral para me reeleger! Não preciso fazer grandes consultas para saber que muitos dentre meus eleitores não concordariam com esse tipo de comportamento político. Não sou avesso a uma certa dose de pragmatismo mas aí já é demais é dose cavalar”, escreveu Sirkis.

Por liberdade para professar as propostas de Eduardo para o país, Sirkis defende uma candidatura própria independentemente de nome. Algum candidato de última hora pode até surgir na convenção do PSB fluminense deste sábado (21), mas as chances de reversão do apoio a Lindbergh são praticamente nulas.

“Uma coligação ‘orgiástica’ conforme a proposta semeia confusão e suspeita. Por que haveria o PT de aceitar esse estranho ‘palanque duplo’ entre situação a oposição? Uma coisa seria um palanque duplo oposicionista como o de Gabeira em 2010 com Marina e Serra. Mas um palanque duplo de situação com oposição? Quais os acordos por trás disso? Por que razão o PT consentiria? Existirá, por acaso, algo envolvendo segundo turno?”, prosseguiu o deputado, no blog.

O presidente regional do PT, Washington Quaquá, ainda acredita que Sirkis possa, mais tarde, rever sua posição e agregar apoio à parceria. Já no PSB, o deputado federal Glauber Braga (PSB) nega que haja alguma projeção de segundo turno no acordo regional. “Nossa candidatura presidencial é pra vencer as eleições. Não existe plano B. Só tem A, com Eduardo Campos”, disse Braga.

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