Faculdade de Medicina em São Paulo cria uma ouvidoria para receber “denúncias, críticas e queixas”

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A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) anunciou oficialmente, nesta sexta-feira (6), a criação de uma ouvidoria para receber “denúncias, críticas e queixas” de alunos, funcionários, professores e outros colaboradores da faculdade.

Além disso, segundo a assessoria de imprensa da unidade, a ouvidoria promoverá a mediação e resolução de conflitos. A socióloga Elisabeth Therezinha de Vargas e Silva foi escolhida para ocupar o cargo de ouvidora.

Em comunicado, Elisabeth afirmou que a ouvidoria atenderá apenas a pessoas vinculadas à Faculdade de Medicina, e que “a principal característica do trabalho é o sigilo absoluto sobre a identidade de autores das denúncias, críticas e depoimentos e dos denunciados para manter a segurança de todos”.

Segundo a FMUSP, a nova ouvidora já foi coordenadora no Conselho dos Direitos da Mulher e na Secretaria Executiva da Comissão dos Mortos e Desaparecidos Políticos, do Ministério da Justiça, e tem “trabalhado durante anos com movimentos sociais, principalmente, voltados às mulheres”.

A ouvidoria é uma das reações anunciadas pela FMUSP após uma série de denúncias sobre abusos machistas, racistas e homofóbicos chegarem até a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que atualmente tem uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar se há omissão por parte da USP e de outras universidades paulistas em casos de violência e abuso de direitos humanos nos campi.

Na Medicina, também foi criado o Núcleo de Acolhimento e Escuta (NAEE), que, segundo a faculdade, pretende “dar apoio e orientação aos alunos dos cursos de graduação e residência médica, vítimas de violência ou em situação de vulnerabilidade social, jurídica e psicológica”.

As denúncias também mudaram a abordagem da Universidade de São Paulo como um todo ao trote universitário. Na quarta-feira a USP divulgou o Manual do Calouro 2015, com destaque para o disque-trote.

A universidade mantém uma central para receber denúncias de trotes abusivos e violentos pelo telefone, por e-mail ou por um chat online.

“É o clima de paz e tranquilidade que deve preponderar na chegada dos novos alunos. Se houver alguma atividade ou situação que não respeite esse princípio, entre imediatamente em contato com os canais abertos ao calouro: o disque-trote e o chat online“, diz a página sobre trotes do manual.

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