Fernando Filho desconversa sobre ‘racha’ político e garante que crise no PSB já foi contornada

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Esperado em Petrolina na noite de ontem (18) para sua tradicional confraternização com a imprensa local, realizada num restaurante do Bodódromo, o senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB) não compareceu. Numa semana marcada pelo mal estar entre FBC e o governador eleito Paulo Câmara (PSB) em relação ao secretariado do socialista, do qual o senador mostrou-se claramente insatisfeito por não ter sido consultado, coube aos dois filhos dele – deputado estadual eleito Miguel Coelho (PSB) e federal reeleito, Fernando Filho (PSB) – afastarem mais uma vez os rumores de um ‘racha’ político entre o senador e o governador.

Miguel, que já havia comentado o assunto mais cedo, explicou que a ausência do seu pai na cidade não tem ligações com o fato, mas com compromissos políticos em Brasília, onde o senador prestigiou a posse do novo presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande. Da capital federal, o deputado disse que FBC participou de vários encontros com prefeitos no Sertão do Moxotó, e como a diplomação dele acontece nesta sexta (19), a agenda em Petrolina ficou inviabilizada.

Fernando Filho não se esquivou dos questionamentos sobre a crise aberta no PSB pernambucano. E, a exemplo do seu irmão, também procurou minimizar o clima instável na legenda.

De acordo com o socialista, a nota enviada à imprensa pelo senador não se trata“de rompimento”, mas de participar do processo do qual o grupo político do senador ajudou a construir. “Isso tem de ser feito na base do diálogo, e não só conosco, mas com a Frente Popular”, ponderou.

Lembrando o ex-governador Eduardo Campos, o qual sempre “respeitava espaços”, Fernando Filho deixou a entender que a decisão de Câmara em anunciar seu secretariado, na última segunda-feira (15), sem ouvir o líder sertanejo, frustrou a condução desse processo de diálogo. Até porque o governador eleito chegou a pedir a FBC que lhe indicasse um nome para sua equipe. Não só não acatou esse nome, como enviou uma mensagem telefônica para o senador, informando-lhe que a equipe já estava fechada. Além disso, havia expectativas de que o próprio Fernando Filho assumisse um cargo no futuro governo.

Especulações

Perguntado se a nota do seu pai, no mesmo em que Câmara anunciou sua equipe, não teria sido açodada, Fernando Filho disse que esse posicionamento foi justamente para evitar intrigas, já que o senador não compareceu à solenidade no Recife – o que poderia soar como descontentamento pelo deputado não ter sido incluído na equipe do governador.

Fernando Filho deixou claro ainda que uma possível indicação sua ao futuro governo de Câmara sempre ficou no campo das especulações feitas pela imprensa. Mas adiantou que a nota do seu pai “cumpriu o papel”. Tanto é que confirmou uma conversa entre os dois, ainda ontem, para contornar a situação. Mesmo admitindo que o projeto de FBC é o governo do estado, Fernando Filho ressaltou que a construção desse projeto sempre passou pelo PSB. Disse ainda que no momento o intuito do seu grupo político é trabalhar para Câmara realizar uma boa gestão, apesar das dificuldades que sinalizam para 2015.

Blog do Carlos Britto

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