Inflação fecha dezembro de 2022 com alta em todas as faixas de renda

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O final de 2022, com suas festas de Natal e Ano Novo e confraternizações, acabou trazendo uma alta no preço de bebidas e alimentos em todo o país e consequentemente nas cestas básicas, além das renegociações dos planos de saúde, que também acabam intervindo diretamente no bolso dos consumidores. Com isso, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda de dezembro de 2022, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, registrou uma variação de 0,50% para a classe alta e 0,71% para famílias de renda muito baixa.

Essa variação foi a maior do último trimestre do ano. As famílias de renda muito baixa em novembro, por exemplo, tiveram uma variação de apenas 0,33%, e o aumento de 0,38% de um mês para o outro foi principalmente devido ao aumento de 3,7% dos produtos de higiene pessoal, além da alta de alguns alimentos, como cereais (4,5%), tubérculos (5,7%) e farináceos (1,4%). Ambos grupos (“saúde e cuidados pessoais” e “alimentos e bebidas”) geraram impacto na inflação.

“Foram publicadas recentemente algumas medidas para 2023. De acordo com as projeções deste ano, a gente deve ter uma inflação aí de mais ou menos 5,23%, devido a uma inflação que vem reduzindo ano após ano depois do auge da pandemia”, diz Paulo Alencar, professor de economia do Centro Universitário UniFBV.

Apesar disso, a cesta básica em Recife fechou dezembro de 2022 em R$565,09, um aumento de R$13,79 em comparação ao mês anterior. De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a capital pernambucana se encontra entre as capitais em que o custo do conjunto de bens alimentícios básicos registraram os menores valores.

“Em 2022 a cesta básica subiu em 17 capitais pesquisadas, e o interessante é que Recife teve o menor acumulado do último ano. A cesta básica aqui ficou no valor de R$565,09, e isso corresponde a catorze dias de trabalho. A taxa acumulada de Recife em 2022 ficou um aumento total aí de 6,15% e a expectativa é que não haja um aumento assim tão substancial, Sabemos que quando se fala de cesta básica, se fala de alimentos, estamos falando de toda uma safra agrícola, de outros fatores externos e de outros que podem ser alterados durante o período. Mas a expectativa é que esses valores não tenham subida pelo menos num curto prazo”, explica Werson Kaval, economista, professor do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), consultor e palestrante.

Folha de Pernambuco

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