Na manhã de hoje (14), o ex-presidente Lula negou, na 10ª Vara Federal de Brasília, ter de qualquer forma tentado obstruir as investigações em curso da operação Lava-Jato. O processo, aberto em julho do ano passado, diz respeito ao acordo de delação premiada feita pelo ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró.
A acusação feita pelo Ministério Público indicia Lula, o ex-senador Delcídio do Amaral e seu ex-chefe de gabinete, Diogo Ferreira; o sócio do BTG Pactual, André Esteves; o advogado Edson Ribeiro; o pecuarista José Carlos Bumlai e seu filho, Maurício Bumlai. Segundo o Ministério Público, o grupo teria agido na tentativa de convencer Cerveró a não pactuar com um provável acordo de delação premiada que pudesse expor um suposto esquema de corrupção dentro do governo.
Diante da acusação, Lula negou veementemente as acusações, se disse envergonhado com aquilo que chamou de uma óbvia “ilação” e que se ofendia profundamente com a insinuação de que seu partido seria uma organização criminosa. Com ar tranquilo, o ex-presidente também foi categórico ao afirmar que seu governo agiu no âmbito de fortalecer as instituições, “A procuradoria não existia, era uma peça de ficção, quando cheguei no governo”, disse.
Por fim, Lula ainda afirma ter evitado, por oito anos, jantares e festas particulares para preservar-se de pedidos de favores por parte de empresários e particulares.