Mês de abril dos últimos 60 anos da politica brasileira

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Abril de 1964 começou com os militares no comando do Governo brasileiro, tendo em vista o golpe de 31 de março e a deposição do presidente João Goulart. Daí então se deu o governo dos militares com apoio de civis, com muitos desses sendo nomeados. Foram 21 anos de luta e manifestações por todo o Brasil, com atos públicos em diferentes capitais de Estados.

Um ano após o golpe nasceu a Rede Globo de televisão, emissora que apoiou o regime militar durante os 21 anos de ditadura no Brasil. As emissoras de rádio e TV e os jornais escritos da família Marinho, preferiram não destacar nenhum dos atos em favor da redemocratização do País. Grupo Globo é o maior conglomerado de mídia e comunicação do Brasil e da América Latina.

Em 1984 os brasileiros tiveram a esperança renovada com a Emenda Constitucional Dante de Oliveira, a mesma sendo aprovada na Câmara dos Deputados estabeleceria eleição direta para Presidente do Brasil. Apesar do apoio popular, a Proposta de Emenda Constitucional foi rejeitada pela Câmara dos Deputados no dia 25 de abril de 1984.

Em abril de 1985 morreu Tancredo Neves, Presidente do Brasil que não teve a oportunidade de assumir o cargo. Tancredo foi eleito Presidente do Brasil após o período do regime militar, com voto dos eleitores do famoso Colégio Eleitoral. Pernambuco contou com 35 delegados no Colégio Eleitoral, houve uma ausência e uma abstenção e Tancredo obteve 29 votos.

A cada mês de abril um novo capítulo vai sendo escrito na história da democracia do Brasil, mesmo que o inicio tenha sido há 232 anos com um mineiro chamado Tiradentes. Não importa com o que houve em abril de 1964, nem tão pouco o abril de 1965. Temos abril de 1984, 1985, 1994, 2004, 2014 e 2024, para mantermos a esperança avivada.

A redemocratização brasileira foi fruto de uma luta constante do seu povo, não temos que depender de qualquer que seja o poder por sua manutenção. Qualquer atropelo em nome dessa democracia, seja do Poder Judiciário; seja do Poder Legislativo; seja do Poder Executivo, são práticas inaceitáveis e colocam em risco esse bem tão precioso para nossa liberdade.

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