Mudanças climáticas: Fernando Bezerra defende, a ministro Eduardo Braga, que energias renováveis cheguem a 25% da matriz energética nacional

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Brasília, 29/10/15 – O presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), entregou hoje (29) ao ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, sugestões da CMMC para serem consideradas na proposta que o governo brasileiro apresentará durante a 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças no Clima (COP-21). A principal sugestão é que o Brasil aumente para 25% a meta de participação das energias renováveis – especialmente, a solar, e sem considerar a energia hidrelétrica – na matriz energética nacional, até 2030. Pela proposta do governo à COP-21, este percentual deverá chegar a 23%, no referido ano.

“O ciclo sustentável decorrente de metas mais ambiciosas resultará em ações positivas e benéficas ao país”, ressaltou Fernando Bezerra, durante audiência pública da CMMC, cujo objetivo foi avaliar a matriz energética brasileira e os desafios do setor em decorrência das alterações do clima. De acordo com o senador, o objetivo da Comissão é contribuir para tornar o Brasil um exemplo de economia de baixo carbono e protagonista de ações que atenuem os efeitos das mudanças climáticas.

“O país já alcançou metas consideráveis na redução de emissões de gases de efeito estufa em razão da significativa diminuição do desmatamento da Amazônia, entre 2005 e 2012”, observou Bezerra Coelho. “A estratégia, neste momento, deve estar voltada para o aumento da participação das fontes alternativas na matriz elétrica. E a proposta brasileira para a COP-21 é, sem dúvida, um grande campo de oportunidades”, completou o senador.

A COP-21 será realizada em Paris (França), entre os próximos dias 30 de novembro e 11 de dezembro, reunindo representantes das mais de 190 nações que fazem parte da Convenção da ONU sobre o Clima. O senador Fernando Bezerra participará da conferência como presidente da CMMC e um dos principais representantes do Congresso Nacional brasileiro.

METAS BRASILEIRAS – Além da energia solar, Fernando Bezerra Coelho também defendeu a ampliação das chamadas “energias limpas” a partir de outras fontes renováveis, como vento (energia eólica) e materiais orgânicos (energia de biomassa). Segundo o ministro Eduardo Braga, em 2005, apenas 9% da matriz brasileira correspondia às energias renováveis. Este ano, o índice já chega a 14%.

“O Brasil é quarto maior produtor de energia eólica do mundo e dever chegar a 2050 como o primeiro ou segundo maior produtor mundial”, estimou o ministro. “Temos ventos constantes e de boa qualidade. E engana-se quem pensar que é no litoral. É na parte setentrional do Nordeste”, acrescentou.

De acordo com Eduardo Braga, o Brasil tem todas as condições de cumprir as metas que serão apresentadas durante a COP-21. Para isso, segundo ele, o governo aposta no aumento da produção de energias renováveis; principalmente, a solar e eólica.

Ao falar da meta de ampliar a participação das “energias limpas” na matriz energética nacional, até 2030, o ministro destacou: “Isso traz grandes desafios, pois teremos mais do que dobrar nossa capacidade eólica, ter crescimento robusto no setor solar e expressivo entre as de biomassa. Mas, estamos otimistas”.

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