Número de mortes em ações policiais aumenta 64% em Pernambuco

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Entre os anos de 2015 e 2017, morreram 242 pessoas vítimas de intervenções policiais em Pernambuco, segundo levantamento com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. No mesmo período, o estado teve 72 mortes de policiais na ativa, civis ou militares.

O Brasil teve no ano passado 5.012 pessoas mortas por policiais – 790 a mais que em 2016. No mesmo período, 385 policiais foram assassinados – número menor que o do ano anterior. O dado, inédito, compreende todos os casos de “confrontos com civis ou lesões não naturais com intencionalidade” envolvendo policiais na ativa (em serviço e fora de serviço).

O número de pessoas mortas por policiais em Pernambuco subiu de 44, em 2015, para 75, em 2016, de acordo com o referido fórum, representando um aumento de 70,5%. Em 2017, segundo o governo estadual, foram 123 mortes provocadas por intervenções policiais, o que equivale a um salto de 64% em relação ao ano anterior.

Com relação às mortes de policiais em serviço ou fora dele, Pernambuco teve 27 casos em 2015, diminuindo 22% em 2016, quando foram contabilizados 21 óbitos. O número voltou a subir no ano seguinte, aumentando 14% em 2017, quando 24 policiais foram assassinados.

Um deles foi Geovani Soares, de 22 anos, que trabalhou por três meses no 6º Batalhão da Polícia Militar de Pernambuco. Ele foi assassinado após uma troca de tiros com bandidos em dezembro de 2017. A vítima faleceu ao dar entrada na Unidade de Pronto-Atendimento da Imbiribeira (UPA), na Zona Sul do Recife.

O tiroteio ocorreu nos trilhos da Estação Montes Guararapes do Metrô do Recife, em Jaboatão, na Região Metropolitana, e ainda deixou outro soldado da mesma unidade ferido. Segundo o delegado Breno Maia, os policiais tentaram abordar os criminosos, mas foram recebidos a tiros e reagiram. Um dos bandidos também morreu após ser baleado e três homens conseguiram fugir.

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