O ano velho passou e com ele foi-se também minhas esperanças finais

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Preocupado com o futuro, um dos seus filhos, Jerônimo Pires, o segundo prefeito do município logo que assumiu viajou à cavalo, de barco, a vapor e trem para conhecer Belo Horizonte, e ao voltar decidiu que Belém seria uma cidade planejada, com ruas e avenidas lardas, toda dividida em quadras, e cidade foi construída assim.

Como de costume, no penúltimo dia do ano que passou, ao buscar me inteirar sobre os acontecimentos da vida e do mundo, deparei-me dentre as manchetes do Jornal do Comércio online, com uma que estampava o título: “PASSAPORTE PERNAMBUCO CHEGA A NOVOS MUNICÍPIOS DO ESTADO”.

Lançado recentemente pela Secretaria de Turismo e Lazer do Estado, o programa visa estimular uma nova campanha para promover diversos destinos. É um programa interessante e muito importante para o fomento do turismo dos municípios beneficiados, o qual é denominado de “BORA PERNAMBUCAR COMO VOCÊ NUNCA VIU”, e vai percorrer 14 municípios em 16 dias produzindo vídeos e fotos para redes sociais com objetivo de inspirar turistas a conhecerem estes locais.

AS CIDADES BENEFICIADAS E OS MOTIVOS

Como sempre fui ávido por boas notícias para a nossa terra, e até ali esperançoso de vê-la como um local de forte atrativo turístico, pois inclusive é tido pelo MINISTÉRIO DO TURISMO como município que faz parte do “MAPA DO TURISMO BRASILEIRO 2019-2021”, para profunda decepção e tristeza, verifiquei que Belém do São Francisco não foi contemplada com o programa, mas mesmo assim, ao ler a reportagem tanto no jornal indicado, como em outros veículos de imprensa, observei com imensa alegria que dos novos municípios, 03 deles encontram-se encravados na região de Itaparica, TACARATU, PETROLÂNDIA e FLORESTA, e pesquisando mais sobre o assunto, constatei em outros órgãos noticiosos, que dentre os roteiros destas cidades constam como atividades “O MERGULHO NA CATEDRAL SUBMERSA DE PETROLÂNDIA”, “A PRODUÇÃO DAS ALPERCATAS (SANDÁLIAS) XÔ BOI, EM FLORESTA”, sendo que com relação a Tacaratu nada relatou-se a respeito do seu atrativo, e aí sinceramente digo que não compreendi bem o que lia, pois não entendo que a justa e merecida indicação de Floresta, tenha se dado apenas em face de um tipo de calçado, e não em razão do seu belo casario, das suas riquezas naturais (Riacho do Navio, Riacho Pajeú, Serra Negra, Serra do Pico), na cultura, nas tracionais festas de vaquejada, na sua rica história que nasceu com força vindo do seu interior, na religiosidade do seu povo, na igreja Nossa Senhora do Rosário, Catedral Bom Jesus dos Aflitos, Cemitério Público São Miguel a quem João Cabral de Melo Neto, de renome internacional, o comparou a Constantinopla, ao memorial Conceição Cahú, o antigo Batalhão, na pujança de uma gente que com firmeza e coragem fazem uma agricultura, uma pecuária e uma caprinocultura muito forte que gera emprego e renda, e mais ainda, na força política de seus filhos, pois mesmo possuindo um eleitorado de apenas 23 mil eleitores, o município tem dois representantes na Assembleia Legislativa, um deles ocupando uma importante Secretaria de Estado, e bem recentemente também, um deputado federal que lutam bravamente para fazerem o melhor pela terra. Aqui entre nós, eles se esforçam para fazerem por eles, mas quanto ao motivo da indicação, com toda sinceridade, não acredito que o turista venha até Floresta apenas por conta de um tipo de calçado.

A Igreja submersa de Petrolândia e ao lado um dos modelos da alpercata “XOI BOI” que é muito conhecida em Floresta, são os roteiros que constam como atividades.

BELÉM PARA TRAZ

Sendo pois este o teor das reportagens, logo conclui e não podia ser diferente, que Belém mais uma vez ficou para trás, ou, para quando ninguém sabe, se assim um dia for, e neste contexto, nossas 88 ILHAS (maior conjunto de ilhas de rio brasileiro), o SERROTE DA PEDRA que localiza-se no meio do lago, o fato de sermos uma CIDADE PLANEJADA com ruas e avenidas largas que foram traçadas desde o seu princípio, a história pioneira da RODA D’ÁGUA que nasceu aqui com a inteligência de Raimundo de Sá e o fato de possuirmos a última e a única ainda em movimento em todo trecho do rio São Francisco, o fato de ser coberto em grande parte pelas água do lago de ITAPARICA, a AGRODAN maior exportadora de Mangas do Brasil, a ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DO IPA com suas pesquisas importantes no melhoramento da tomate e da cebola, com duas das quatro ESTRADAS DO ESTADO que liga Pernambuco a Bahia e daí em diante com o Sul e o Norte do Brasil, como é o caso por exemplo da famosa BR 116 que começa em Fortaleza (CE) e termina em Jaguarão (RS) e a outra que desemboca de um lado e do outro nas BALSAS E BARCOS DO PORTO DA BARRA DO TARRACHIL, a PONTE ARQUEADA DO IBO, a ORLA FLUVIAL E SUAS TRÊS ILHAS que estão bem à frente, o CASARIO antigo, um dos maiores POLO EDUCACIONAL do interior do Nordeste, a cultura tão bem representada pela centenária BANDA DIONON PIRES, pelo centenário ZÉ PEREIRA, o boneco carnavalesco mais velho do Brasil e sua companheira VITALINA, bem como por ser conhecida como o palco do enredo da novela de maior audiência da televisão brasileira, SENHORA DO DESTINO, que conta a saga de uma belemita de coragem que por conta de muitas dificuldades que enfrentava, assim como milhares de outros filhos da terra, foi forçada a ir embora para bem longe com sua prole de meninos ainda bem pequenos.

Ninguém enxerga que em sendo regularizada e com acesso facilitado, não se tem dúvidas que logo se transformará num paraíso de chácaras produtivas e valorizadas. Quem não gostaria de viver num lugar assim?

SEM INCENTIVOS

MAS EIS caros belemitas, que tudo isto não foi suficiente para fazer com que o município fosse incluído dentre os participantes do programa, e digo mais, afora estes atrativos, deixei de citar o BALNEÁRIO SOM DAS ÁGUAS, que se não é tanto, é a melhor e maior estrutura de lazer e entretenimento da região, bem como os passeios de CATAMARÃ sobre às águas do velho Chico, pois a respeito destes, ante o desinteresse latente no desenvolvimento do Turismo local, nunca recebi dos últimos governantes quaisquer incentivo, pois até mesmo a estrada de acesso, na última década, foi recuperada apenas duas ou três vezes, o mesmo acontecendo com o Catamarã, pois deste que entrou em funcionamento no ano passado, posso dizer que jamais recebi o apoio do poder político local, seja para melhorar o embarque das pessoas na saída da orla, seja na dinamitando ou sinalização de duas pedras existente no percurso, e nem mesmo uma só hora de retroescavadeira que sempre necessito como é o caso de agora para poder desencalhar a embarcação, o que acontece em vista do inconstante nível da água do lago.

O Balneário Som das Águas e o passeio de Catamarã seguem sem o mínimo interesse por parte do poder público em oferecer a contrapartida da infraestrutura indispensável, como estrada e hidrovia segura”.

COMPLETA PARALISIA

Pois bem, por conta do que penso e digo, há leigos que dizem que costumo ser contra tudo e contra todos, que critico em demasia, mas isto não é verdade, e muito embora não deva explicações a quem quer que seja, tenho a dizer que apenas penso diferente e por pensar diferente não posso compactuar com a LETARGIA, com a MENTALIDADE RETROGRADA e com a OBEDIÊNCIA CEGA, SURDA E MUDA QUE PERMEIA MUITOS. Não consigo compreender como Belém, mesmo com tantos atrativos, não consiga chegar a nada, nem mesmo no programa em referência e em consequência somos um lugar, pasmem, que sua população decresce a cada ano.

Casal de bonecos mais antigo do Brasil, um dos maiores polo educacional do Nordeste, a ponte arqueada do Ibó, a Igreja Nossa Senhora do Patrocínio e ao fundo o lago de Itaparica, casario. “Para alguns, tudo isto ainda é muito pouco para despertar o turismo local”. Ledo engano.
A Orla, noutros temos antes da pandemia lotava e atraia gente de toda região.

GRANDE POTENCIAL

É esta inércia, aliada a falta de atitudes que preocupa, que dói e magoa muito, em especial os querem ver a cidade crescer, os que pensam diferente, os que tem coragem de investir nela o pouco que aufere lá fora como resultado do suor do seu trabalho, que sinceramente, diante do que vejo ano a ano, em especial no final de mais uma década, digo sem hesitar que minha esperança se esvaiu, não acredito em mais nada, e as vezes até penso que não sou claro já que ninguém compreende que Belém só sairá da impiedosa crise que lhes meteram com a implantação de uma fruticultura diversa irrigada, com a Estação Experimental do IPA sendo transformada numa estação de experiência e produção de mudas de frutas e como resultado, na povoação de forma ordenada e por técnicos destas mudas nas diversas áreas de terras desocupadas das ilhas e nas margens ribeirinha do lado de cá do rio, mas que antes, que cuidem primeiramente de restabelecer a insanidade de terem forçado a indenização de terras que não seriam submersas pelas águas de Itaparica, concedendo a quem nela estiver, o título de posse definitivo e assim possam contrair investimentos para que voltemos a produzir e a gerar empregos como antigamente.

“A Agrodan, um belo exemplo de que a fruticultura é uma das saída para estancar a violenta estagnação que vivemos”.

O TURISMO

O turismo seria outra alternativa acertada e lógica, mas como se ver nada é feito, não enxergam este gancho e por isso sequer propõe o mínimo a quem deve obrigatoriamente ser cobrado, e por isso o município vive de forma humilhada, cambaleante, inclusive passando pelo ridículo de ver a imprensa denunciar que seus funcionários invadiram a sua sede administrativa em busca de cobrar o que lhes é devido, o que lhes é sagrado, os seus salários, contrapartida natural e obrigatória para quem trabalha. Não fazer isto é ato CRUEL E DE GRANDE DESUMANIDADE.

UM SONHO QUE SE VAI

De minha parte, reafirmo que meu sonho se foi com o ano velho, não possuo mais forças, nem vontade para insistir clamando pelo óbvio, mas fico a torcer que dos sonhos dos mais jovens renasça a esperança por mim perdida, embora saiba que temos pouco menos de dois anos, ou muito menos ainda, para agir.

Mesmo com o desalento deste sonho que acalentei por décadas, deixo a título de sugestão que o novo governo e o futuro Secretário de Turismo, pensem na possibilidade de adquirir alguns hectares de terras numa das ilhas defronte a orla, e que esta seja doada a quem possuir interesse em construir, num prazo a combinar, um hotel fazenda e que o acesso a este se dê através de um teleférico plano. Quem na região tem uma localização privilegiada como está? Ninguém.

Como segunda opção, que vejam a possibilidade de se construir uma ESCADARIA NO SERROTE DA PEDRA, e lá encima teremos um belo mirante onde o visitante poderá se deslumbrar com uma região que é formada por um enorme lençol de água doce e limpa, num verdadeiro contraste em relação ao restante do nordeste de sempre, seco, sem água e com muita sede. Eu estava propenso em construí-la com meus parcos recursos, mas DESISTO.

Serrote da Pedra, no meio do lago, mostra todos seu esplendor com cores fortes e variadas, e uma praias com água fria e profunda. De cima se observa um cenário espetacular, num verdadeiro contraste de tanta água, com a seca causticante do restante do nordeste.

Em terceiro, sugiro que o mercado público em reforma seja dado a ele o destino pelo qual foi construído, não como mercado de frutas, verduras e outras quinquilharias, mas como um mine Shopping, com suas diversas lojas funcionando para dentro, bem com a instalação de outras para prestação de serviços variados, além de uma praça de alimentação, e que a Secretaria de Educação seja instalada no prédio da antiga Cooperativa.

Quanto as demais, que sejam aos poucos instaladas na antiga CIBRAZEN, transformando-o num CENTRO ADMINISTRATIVO, local onde pode abrigar toda municipalidade, inclusive uma garagem, um pequeno posto de combustível para abastecimento exclusivo da frota do município, além de uma borracharia e uma oficina mecânica e para isto há um documento pelo qual a CHESF pretende doá-lo a prefeitura, mas está não demonstra interesses, o que por certo acabaria de uma vez por todos com a excessiva despesas com alugueis. Ao contrário disto, é manter a regalia de uma minoria em detrimento da grande maioria.

Um espaço com cinco grandes prédios perdido no tempo, sem que ninguém queira lhe dá um destino correto. Uma pena. Enquanto isto o município perde rios de dinheiro com alugueis para alguns privilegiados.

Como quarta sugestão, espero que seja empreendido todos os esforços num projeto que vise construir duas pontes interligando a terra firme com a ilha do Curralinho ou Brandões, com a Ilha Grande, e outra interligado o lado de cá com a Ilha da Várzea. Isto acontecendo não tenho a menor dúvida que estes locais logo se transformarão num paraíso de chácaras produtivas, com suas terras ficando bem valorizadas e de deleite para muitos.

Como última sugestão, imploro mais uma vez para que deem uma chance a Belém, que permitam que ela possa crescer sem ninguém atravancar seu caminho, pois ela é capaz de se soerguer sozinha uma vez que a mãe natureza e as mãos dos homens que formaram o lago de Itaparica foram por demais generosos com nosso lugar e que ao invés de ficar esperando de quem não vem, embora tenha prometido um projeto estruturador para o município, que nossas empresas, a sociedade e o próprio poder público se cotizem com o fim angariar recursos para fazermos uma filmagem aérea do município, das ilhas, do lago, da cidade e dos demais atrativos, e depois disso que nossa beleza e riqueza sejam divulgada através de um canal televisivo de expressão no Estado e nas redes sociais, e depois quem sabe, em lugares mais distantes, e assim de uma vez por toda, evitemos que a insistência da saga de MARIA DO CARMO FERREIRA DA SILVA, a “SENHORA DO DESTINO” continue, com seu povo indo embora para longe por falta do que fazer, AFINAL, UM LUGAR SÓ PODE SER CONHECIDO, SE FOR APRESENTADO, SE FOR MOSTRADO, SE FOR EXIBIDO.

“Sem perspectiva de viver na terra, MARIA DO CARMO FERREIRA DA SILVA com seus filhos famintos passam na última feira de Belém antes de partir para bem distante. Esta foto representa bem a cara do nosso povo que parte cedo por não ter o que fazer na terra”. (Algumas fotos foram gentilmente cedidas por Junior Pedroso).

Um abraço

TADEU SÁ – Advogado

15 COMENTÁRIOS

  1. Lamentável.
    Um passado tão bonito… tanta história…
    Um presente de descaso…quase abandono…
    Quem te viu, Belém do São Francisco…
    Quem te vê…é uma pena

  2. Percebe-se os anseios dos belemitas refletidos através desta matéria/desabafo. Li atentamente.

    Com entusiasmo, colocaremos as sugestões em nosso planejamento estratégico de curto, médio e longo prazo.

    Obrigado e um grande abraço. Não desanime!

    • Kleber, obrigado pelo comentário. No entanto entendo que não sou prejudicado pois o pouco que possuo dá para levar o resto da vida. O prejudicado somos todos nós que continuaremos a viver no atraso. De minha parte é que me falta tesão para insistir com uma coisa lógica mais que ninguém tem interesse. O atraso alimenta a política dos ignorantes. Já o progresso engrandece todos. Aqui a primeira opção é o que vale

  3. Ainda é tempo de resgatar as maravilhas de nossa Belém do São Francisco,basta querer,fazer projetos em

    prol da cidade e município.
    Belém cidade de todos os encantos

    • Lucia Neide, todo tempo será tempo para resgatar as nossas maravilhas, agora deixar o bonde passar é pura ignorância, mas como disse, deixemos brotar os sonhos dos mais jovens, um dias eles virão

  4. Parabéns ao primo Tadeu Sá, pela produção do texto que retrata com propriedade o descaso com Belém do São Francisco, uma das cidades históricas de Pernambuco que merece melhor tratamento pelas autoridades políticas, que detém o poder de decisão, sou um apaixonado por essa cidade, tem lindos monumentos, conheço com propriedade sua história, tendo em vista que li alguns dos livros do amigo querido, filho da terra, o Dr. João Coelho Brandão, que faleceu no ano de 2019, próximo de fazer seus 92 anos de idade, a exemplo o Carnaval do Zé Pereira e os bonecos gigantes nasceram em Belém do São Francisco, o Município precursor do Magistério no Sertão Pernambucano, com a primeira Faculdade de Formação de Professores, que beneficiou a população de diversos municípios da redondeza, a mensagem que deixo para os políticos é a de que Belém do São Francisco merece ser visto e incluído no roteiro do Turismo Nacional, para geração de empregos e renda para seu povo.

    • Meu caro primo, obrigado pelo comentário.O que magoa é que é esta incapacidade e incessante, principalmente quando se sabe que o deputado secretário é casado com uma filha da terra, primas deles, e eles não fazem nada. Um bando de incompetente

  5. Parabéns, Tadeu Sá‼️ Excelente reportagem ‼️ Somente um exímio conhecedor da história da nossa Belém do São Francisco, poderia descrever tão talentosamento sobre os encantos e o passado glorioso da Terra dos Bonecos Gigantes…

    Quem nasceu e criou-se neste lugar, há de concordar com você e entender perfeitamente a sua revolta, indignação e frustração por tamanho descaso e total falta de RESPEITO para com uma cidade que ao dar início a sua história, também fez parte da história de povoamento das margens do Rio São Francisco, do qual herdou o “sobrenome” e da história de povoamento do estado de Pernambuco…

    Gostaria de entender quais foram os critérios utilizados para deixarem BELÉM de fora da rota turística de Pernambuco… Já que, como você bem citou, ponto por ponto, o que não falta na biografia de BELÉM é PONTOS dignos de serem considerados TURISTICOS‼️

    Seria, além da falta de RESPEITO, despeito???

    • Obrigado querida Márcia pelo elogio, embora não mereça tanto. Seu texto e que é realmente um primazia, mas te trago o alento de que o secretario Rodrigo Novaes entrou em contato comigo, e embora dizendo-se magoado com o que escrevi, e aí lhes respondi que não cometi nenuma mentira, apenas coloquei o que vi e o pesquisei, e segundo ele as cidades serão divulgadas por etapas e que Belém fará sim, parte de Vamos Pernambucar, no entanto vejo que que Belém precisa de urgência. Mas vamos aguardar

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