Organização criminosa alvo de megaoperação movimentou R$ 471 milhões, diz Polícia Civil

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Em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (25), a Polícia Civil de Pernambuco deu mais detalhes sobre a megaoperação que investiga alvos suspeitos de tráfico de drogas, financiamento do tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Segundo a corporação, foram expedidos 66 mandados de prisão e outros 84 de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos em Pernambuco e em mais 19 estados.

No total, foram movimentados mais de R$ 471 milhões durante as práticas ilícitas. Ainda de acordo com a Polícia Civil, dos 140 alvos da operação, 49 mandados de prisão foram cumpridos até o momento, sendo 44 em Pernambuco. Desses, 17 pessoas já estavam reclusas no sistema penitenciário. As investigações apontam que a organização criminosa realizava a lavagem de dinheiro de tudo que era arrecadado através do tráfico de drogas, inclusive com a criação de empresas de fachada.

A investigação teve início em outubro de 2022 com a prisão de um membro do grupo no bairro de Jardim São Paulo, no Recife, com mais de 23kg de cocaína, que era financiado por uma organização criminosa. A partir dele, conseguimos chegar a diversos presos em unidades penitenciárias de Pernambuco, que, de maneira interna entre presídios, faziam transações ilícitas referentes ao tráfico de drogas em 20 estados do Brasil. O objetivo final era a lavagem de dinheiro do tráfico“, explicou o delegado da Delegacia de Jardim São Paulo e presidente da operação, José Custódio.

O dinheiro era lavado tanto por meio de contas de pessoas físicas, como de pessoa jurídica, já que a organização abriu empresas de fachada para facilitar a transferência dos valores arrecadados através do tráfico de drogas para todos os 20 estados envolvidos. Além de movimentação de dinheiro, os suspeitos também faziam a lavagem de criptoativos, conforme apontam as investigações.

Os presidiários se comunicavam de estado para estado através de aplicativos de mensagens e, com as investigações, conseguimos identificar diversos extratos bancários, em valores altíssimos, e milionários, que serviam até para prestação de contas. Conseguimos identificar, por exemplo, presidiários que duplicaram ou triplicaram os bens em suas contas bancárias enquanto ainda estavam reclusos, no período de 2019, quando foram presos, até 2023, quando a operação deflagrada“, afirmou o delegado.

Além das prisões, foram apreendidos pela Polícia Civil 114 veículos, drogas, armas, máquinas de cartão de crédito, entre outros bens. A “Operação Efeito Helicóptero”, como foi intitulada, também conta com sequestro de imóveis, bloqueio judicial de ativos financeiros e criptoativos e revogação do registro e/ou porte de arma de fogo.

Entre os estados onde são cumpridos mandados, estão: Amazonas; Piauí; Roraima; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Paraná; Santa Catarina; São Paulo; Ceará; Rio de Janeiro; Rio Grande do Sul; Pará e Paraíba.

Em Pernambuco, os alvos foram direcionados para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri) e para o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Dracco). A investigação continua para que seja efetuada a prisão de todos os suspeitos de envolvimento na organização criminosa.  |FolhaPE|

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