Pernambucana relata tensão por morar na fronteira entre Israel e Líbano

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Desde a última quinta-feira (20), o Exército israelense iniciou a destruição dos túneis que o Hezbollah perfurou na fronteira libanesa com Israel. Até o momento, o governo afirmou ter localizado quatro túneis de ataque do grupo extremista libanês, que é considerado um dos inimigos de Israel.

Os túneis seriam utilizados pelo Hezbollah para sequestrar ou matar soldados ou civis israelenses, e para ocupar uma faixa do território israelense em caso de conflito, segundo o Governo de Israel. Especificamente, na cidade de Metula, que fica na fronteira com o Líbano. E, em meio a esse conflito, o primeiro túnel encontrado pelo Exército israelense foi nas terras da psicóloga pernambucana, Gisele Antler Kertsman, que mora há 30 anos no local.

Em entrevista, Gisele afirmou que a vida segue normalmente, mas existe sim um certo receio por se tratarem de túneis que poderiam ter acesso às casas, e com isso a ameaça poderia estar mais próxima. “As pessoas estão tensas, o que é normal. Eu evito agora andar na estrada que fica próxima à fronteira. Antes, andava com meu cachorro, mas agora prefiro evitar”, disse a pernambucana.

Apesar da aflição e do iminente perigo, Gisele se diz tranquila. “Veja bem, esses anos todos tivemos bombas, mas os túneis dão mais medo, porque encontrar um terrorista na sua frente deve ser algo que não dá nem para imaginar”, declarou. Segundo ela, o governo vem desativando as passagens construídas para o território de Israel pelo Hezbollah.

Mas, caso não consigam encontrar todos os túneis, não sei o que pode ocorrer. Talvez novamente uma guerra, mas pedimos que não”, lamentou. No último grande confronto entre Israel e o Hezbollah, em 2006, os 33 dias de combates deixaram 1,2 mil mortos do lado libanês e 160 mortos do lado israelense, sem neutralizar o movimento xiita. Israel e Líbano permanecem tecnicamente em guerra.

O porta voz do Exército de Israel, tenente coronel Jonathan Conricus fez uma séria advertência ao grupo xiita. “As explosões na zona oeste da fronteira se devem às atividades do Exército para destruir e neutralizar os túneis de ataque do Hezbollah. Temos à nossa disposição unidades de infantaria, unidades blindadas, a aviação em modo de espera e unidades navais. Todas elas sincronizadas, dispostas a receber ordens claras e preparadas para vários cenários”, assegurou Conricus.

Esta operação serve como “uma mensagem para o Hezbollah de que não toleraremos nenhum movimento de aproximação ou tentativa de interferência nos nossos esforços para destruir estes túneis transfronteiriços”, afirmou.

FolhaPE

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