No dia que morreu o ex-prefeito, Seu Osvaldo Sampaio, o eleitor de Serrita resolveu enterrar a velha política e disse não aos atuais caciques. A pior situação nessas eleições foi para o atual prefeito Aleudo Benedito, perdeu em 2016 e teve a chance em 2020 sendo eleito gestor municipal.
No primeiro turno, Aleudo apoiou o candidato do PSB Danilo Cabral, que saiu das urnas com apenas 28,17% do total de votos válidos no município. Ficou atrás de Marília que teve 28,64 dos votos e bem abaixo do candidato do ex-prefeito Carlos Cecílio; Miguel Coelho foi o primeiro colocado com 37,82% dos votos.
Nesse segundo turno foi todo mundo para o palanque de Raquel Lyra, lá estavam o prefeito Aleudo Benedito e o ex-prefeito Carlos Cecílio. Com uma junção de forças nunca vista na política de Serrita, ninguém tinha dúvidas quanto à chamada “lapada de votos” em favor de Raquel. Só que os caciques políticos da Capital do Vaqueiro esqueceram um detalhe importante, de fazer uma combinação com o povo e principalmente com o eleitor. Quando saiu o resultado da apuração em Serrita, perdeu o ex-prefeito Carlos Cecílio e o atual Aleudo Benedito.
No segundo turno das eleições de 2022, o eleitor de Serrita foi cirúrgico ao dar uma resposta aos interesses da classe política. Por lá o petista Luiz Inácio Lula da Silva, teve quase 90% (89,48%) do total de votos apurados. Nesse caso não precisaria de apoio local, o ex-presidente anda por qualquer cidade do Nordeste com as próprias pernas. Em relação à disputa pelo Governo do Estado, Raquel contou com apoio de dois adversários da política local que foi o de Carlos e o de Aleudo. Ao final da apuração o resultado foi como uma tapa de luva na cara dos dois, uma vez que a candidata Raquel teve apenas 4.509 (39,78%) votos, contra 6.826 (60,22%) de Marília Arraes.