PSB e Rede exploram “pavio curto” de Dilma

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Eduardo e Marina 2

A ex-senadora Marina Silva (PSB) vai permanecer na linha de frente dos ataques à presidente Dilma Rousseff (PT). Enquanto isso, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, fará as críticas em tom mais ameno, uma vez que saiu há pouco do governo. “Se depender de nós, não vamos fazer o debate do Brasil no ringue. Não é nosso jeito de fazer política”, disse Campos na última quarta-feira.

A conclusão é de que Dilma “não tem estômago de avestruz” e não aceitará calada as críticas. Os socialistas comemoram o fato de a presidente estar polarizando o embate com eles, e não com o tucano Aécio Neves. “Nossa expectativa era que, sob orientação de João Santana, ela polarizasse com Aécio. Mas esse tipo de polarização conosco nos fortalece”, avaliou o deputado Alfredo Sirkis (PSB-RJ). Marina, em seus comentários, tem reconhecido que há desafios a serem superados para que a coligação com os socialistas prospere.

“Estou sentindo um ambiente de muita esperança no Brasil com o anúncio da coligação da Rede com o PSB. Mas temos desafios grandes a superar. Um deles é ficar permanentemente coerentes com o que estamos falando”, disse.

Agrados
O senador Pedro Simon (PMDB-RS), ao ser questionado nesta semana sobre o tema previu que o jogo será pesado, afirmando que Dilma e o PT vão usar vagas em 12 ministérios para, na hora certa, barganhar e fazer “agrados” a novos aliados contra os adversários. Marina disse que, neste caso, o troco será a campanha da “postura contra a estrutura”. E comentou declarações do marqueteiro João Santana, sobre a autofagia dos “anões”, como ele chamou os candidatos da oposição. “Os anões vão se unir para fazer a pirâmide do gigante. Vamos todos dar as mãos e fazer uma pirâmide para levar Eduardo Campos nos ombros até o Planalto”, disse.

O governador, por sua vez, tem alertado os aliados sobre a tentativa dos adversários de insuflar a disputa dos dois pela cabeça de chapa. “Vão tentar colocar cascas de banana e tentar nos intrigar”, ressaltou. Também nesta semana, ao ser entrevistado pelo canal católico Rede Vida, Campos se colocou como o candidato que irá para o segundo turno e criticou “a falta de credibilidade do governo Dilma e o caos em áreas estratégicas”, como saúde, educação e segurança.

Diário de Pernambuco

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