Quando a Câmara dos deputados aprovou a autorização para o Senado abrir o processo de investigação contra a então Presidente Dilma Rousseff, o partido dos trabalhadores unificou o discurso e tratou a todos igualmente como golpistas. Para o PT tanto o deputado Mendonça Filho (DEM), quanto o deputado Gonzaga Patriota (PSB), ou qualquer outro deputado que tenha votado a favor da abertura do processo contra Dilma, são golpistas e deveria ser tratados como tal pela população de seus respectivos estados.
Na mesma semana que o plenário do Senado Federal aprovou a abertura de processo de impeachment contra a então Presidente Dilma Rousseff (PT), por 55 votos a favor e 22 contra, a própria Presidente esteve em Cabrobó como fazer sua despedida do cargo. Trabalhadores ligados aos movimentos sociais foram até o local na transposição do Rio São Francisco, para manifestar solidariedade a Dilma e apoio ao PT na luta contra o que eles classificaram como sendo golpe.
No evento oficial da presidência da república foi notada a ausência de Paulo Câmara, governador de Pernambuco, que estava mais preocupado trabalhar o apoio do seu partido o PSB para garantir o afastamento de Dilma. No meio dos aliados de Dilma e contrários ao afastamento, estava lideranças sindicais que acusa o governador de Pernambuco de ser igualmente como os demais um golpista. Essa ideia de tratar os aliados de Câmara como golpistas foi ganhando força, e recentemente o deputado Gonzaga Patriota sentiu isso na própria pele.
A questão é: Com qual argumento o PT liderado por Humberto Costa vai para as ruas defender a reeleição de quem eles consideram golpista?
O Senador Humberto Costa tem todo o interesse é claro de lutar por sua permanência no senado, o mesmo sabe que com o PT apoiando a candidatura de Paulo Câmara e com o argumento de que é o melhor para o partido nacional, o PT em Pernambuco vai reivindicar uma vaga na chapa majoritária e o nome do Senador passa a ser forte candidato para disputar a reeleição com apoio da coligação e com a vantagem do apoio da maquina em todas as cidades do estado. Só tem um detalhe nessa estratégia de Humberto: Falta ele combinar tudo isso com a massa petista que não abrem mão da candidatura de Marília Arraes.
Humberto Costa e um oportunista.
Nas eleições municipais em que o eleito foi Gerado Júlio o interesse do então prefeito do Recife João Paulo contrariou a lógica ao negar apoio a reeleição do prefeito João da Costa contrariando o desejo da militância e confundindo o povo entregando de bandeja a prefeitura ao PSB que ali já dava os sinais de Golpe contra o PT se por algum motivo essa estratégia voltar a acontecer será um desastre.