Em meio ao racha interno que o Partido Popular Socialista (PPS) encara para as eleições, uma ala da sigla oficializa nesta sexta-feira (4) o apoio ao governador Paulo Câmara (PSB) em evento sobre educação e segurança, no Hotel Canarius, em Boa Viagem. A ação abriu mais um pretexto para trocas de farpas entre o deputado federal Daniel Coelho e militantes da legenda. De acordo com Coelho, apesar das movimentações dos correligionários, os companheiros de sigla não possuem autonomia e legitimidade para sinalizar uma aliança com a Frente Popular. Segundo ele, um debate do partido teria que ter, inclusive, autorização do partido.
Apesar disso, Felipe Ferreira, presidente afastado do PPS do Recife, garante que o evento – que contará com a presença do Ministro Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann (sem partido), e do vice-governador, Raul Henry (MDB) – deve traçar propostas para fortalecer o projeto do PSB no Estado. Para isso, ele defende que a sigla faça uma coleta de “informações para apresentar propostas de governo, que contribuam ao programa que o governador Paulo Câmara vai apresentar para eleição”.
Além disso, o ato também possui seu caráter simbólico, já que em Pernambuco, o MDB e o PPS racharam o partido para continuar a compor o palanque de Câmara. Sobre a escolha de Henry, Felipe Ferreira explicou sobre o entendimento com os emedebistas e ressaltou a “relação muito boa que o partido tem com o MDB e, consequentemente, com o vice-governador Raul Henry”.
Com a polarização, o partido deve chegar rachado as eleições. No entanto, Coelho, negou que haja esse tipo de problema no PPS. “Não há divisão nenhuma, o partido tá completamente unido, está fechado estamos tocando outra agenda”, garantiu.