Reassentados da barragem de Itaparica reclamam da quebra de acordo por parte da CHESF

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Em 1988 o Perímetro Irrigado do Projeto Brígida em Orocó-PE, recebia as primeiras famílias de reassentados da barragem de Itaparica. Na época cerca de 430 famílias recebiam suas casas em 10 Agrovilas, de acordo com o programa do governo federal cada família receberia um lote de 10 hectares de terra, sendo 3 irrigados e 7 em área de cerqueiros.

26 anos depois e cada dia que passa os problemas só aumentam, o numero de famílias triplicou, ficando cada vez mais difícil tirar da terra o sustento de cada uma delas. Entre as famílias que chegaram naquele ano, estava à família de seu Joaquim Laurindo Monteiro e dona Jacinta Maria da Penha, ambos já falecidos, com eles quatro filhos, sendo três mulheres e um homem, Francisco Joaquim da Silva, conhecido por Ticão da Radio. As filhas casaram e não mora mais no Projeto Brígida, também abriram mão do direito do lote, ficando o mesmo aos cuidados de Ticão.

1Ticão a exemplo de vários reassentados enfrenta as dificuldades por conta dos seguidos descumprimento contratual por parte da CHESF, primeiro até hoje não sabe se quer onde fica a área de cerqueiro destinada a sua família, para piorar ainda mais a situação os três hectares irrigados a que tem direito, está com problemas grave, quase a metade da área o solo é petrificado, o que o torna inapropriado para lidar com qualquer tipo de plantio.

Ao longo de vários anos, Ticão da Radio, acumula prejuízos em diferentes plantações, melancia, banana, cebola, coco e agora, tenta diminuir o prejuízo com uma plantação de macaxeira. O próprio Ticão diz que até mesmo os técnicos, que prestam assistência técnica aos produtores do Projeto, já o aconselhou a desistir, no entanto, o mesmo não tem outro meio de vida. Os problemas que se acumulam por conta das irregularidades de solo do lote de Ticão, já levou o mesmo a mover uma ação judicial contra a CHESF, o processo por reparação de danos corre na Justiça Federal.

Ticão da Radio, ainda nos informou, que do total de 438 lotes, pelo menos 110 deles, apresentam problemas de irregularidade de solo. Tudo isso, acarreta diminuição da produção agrícola do Projeto, em momentos em que, cresce o numero de famílias, sem que a CHESF, apresente uma solução para um problema que tende a ficar cada vez mais grave a cada dia.

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