Recebido aos gritos de presidente, Campos diz que tem viajado menos

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Apesar de ter realizado diversas viagens pelo Brasil para debater politicamente o “futuro do Brasil”, o presidente do PSB e governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos, negou, nesta segunda-feira, que seus verdadeiros objetivos sejam eleitorais – visando uma candidatura à presidência da República em 2014 –, mesmo tendo sido recebido aos gritos de “Eduardo presidente do Brasil” pelos correligionários do PSB, no Rio Grande do Sul, onde ficará até a noite de amanhã.

“Não temos procurado nenhum partido para falar de questão eleitoral, temos procurado discutir o Brasil sem ansiedade do eleitoral. O Brasil precisa fazer debate mais politico e menos eleitoral, porque o que esta em jogo é a futuro da nação”, afirmou o governador pernambucano que, na noite desta segunda-feira em Porto Alegre, participou de um evento em comemoração ao aniversário do deputado federal Beto Albuquerque, apesar do político ter completado 50 anos em janeiro deste ano.

Campos já passou por diversas cidades de São Paulo, desde o final de semana, fica em Porto Alegre por dois dias e segue para os Estados Unidos. Ele só deve voltar a Pernambuco na sexta-feira, mas diz que sua peregrinação não prejudica seu trabalho à frente do Executivo. “Segundo estatística levantada pelo meu pessoal, eu tenho viajado menos do que viajava”, disse, alegando que usa uma ferramenta de gestão, premiada pela ONU, que permite que ele acompanhe tudo que acontece em seu Estado. “Isso me permite andar com tablet na mão com o qual posso responder a toda hora, algo totalmente impensável em outros momentos”, justificou.

Sobre as acusações de que o governo pernambucano estaria usando o Diário Oficial para promover o nome de Campos, ele disse que ao chegar ao governo se preocupou com questões mais importantes, “por isso fui reeleito”, e adiantou que irá acabar com a edição impressa daquela publicação.  “Quando cheguei o Diário Oficial editava 20 mil jornais, hoje edita 1,9 mil, e até o final do meu mandato não teremos mais jornal editado, será tudo online”, prometeu.

O governador pernambucano disse que não interessa ao seu partido um “projeto de poder pelo poder”, mas sim alvo que vise o “povo”. Mas não deixou de tecer críticas a atual política econômica brasileira, citando exemplo da China e Estados Unidos, que mesmo com a crise econômica latente, conseguiram promover reformar e reverter o quando de desaceleração do crescimento econômico.

“Estamos em meio a crise econômica mundial, mas os Estado Unidos cresceram mais que o Brasil em 2012, estão buscando alternativas energéticas mais baratas que o petróleo… não estou pensando em eleição, mas precisamos pensar nas novas gerações”, disse ele ao sugerir uma postura de mudanças mais profundas na política brasileira.

No decorrer de terça-feira, Campos se encontra com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), com o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), tem encontro com empresários, recebe homenagens na Assembleia Legislativa e palestra sobre os rumos do Brasil no Fórum da Liberdade, mas nega que sua peregrinação tenha objetivos eleitorais.

“O PSB fará uma opção politica em torno dos nossos sonhos, valores, em busca do Brasil que quer mudança efetiva na vida de cada um dos brasileiros,”, disse ele se referindo ao cenário político.

Sem PT no palanque 
Apesar de o evento comemorar, mesmo que três meses atrasado, o aniversário de Beto Albuquerque, Campos teve um lugar de destaque no palanque, onde falou por mais de 13 minutos, acompanhado de lideranças de partidos como o PP, PDT, PCdoB, mas sem a presença de nenhuma liderança petista. “Vim como militante político, crente na política. Engana-se quem acha que está tudo feito (…)  o Brasil sabe que não é hora de pensar na próxima eleição, mas sim de pensar com o Brasil vai sair da pior crise do capitalismo”, disse Campos pouco antes de afirmar que quando se debate sobre o futuro do País, “dizem que é candidato, mas isso não é verdade”.

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