RedeTV! desiste de exibir entrevista gravada com o ex-presidente Lula

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A emissora RedeTV! desistiu de exibir a entrevista gravada nesta sexta-feira (3.mai.2019) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A publicação estava prevista para a noite deste sábado (4.mai.2019).

A informação foi dada pelo perfil do petista do Twitter. De acordo com o comunicado na publicação (íntegra), a entrevista “deve ser divulgada no exterior, na BBC”.

No trecho adiantado pelo jornalista Kennedy Alencar, Lula declarou que entrará com pedido de progressão de regime de pena caso isto não atrapalhe sua defesa. “Eu quero ir pra casa. Agora, se eu tiver que abrir mão de continuar a briga pela minha defesa, eu não tenho nenhum problema de ficar aqui”, disse.

O ex-chefe do Executivo afirmou ainda que só fará o pedido quando tiver o aval de seus advogados. “Os meus advogados não disseram [que tem direito]. Eu vou ter uma reunião com o Cristiano [Zanin] hoje, que eu quero entender bem isso. Tem muita gente dando palpite”, disse.

É a 2ª vez que o ex-presidente fala a imprensa desde que foi preso. Na entrevista concedida na semana passada, Lula disse que tem “tanta obsessão de desmascarar o Moro, o Dallagnol e sua turma” que ficaria preso “100 anos”.

O 1º contato com a imprensa só foi possível depois que o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou os jornalistas Mônica Bergamo, da Folha, e Florestan Fernandes Júnior, do El País, a entrevistar o ex-presidente.

Procurada pelo Poder360, a RedeTV! não respondeu até a publicação desta notícia.

SEMIABERTO EM SETEMBRO

Em 23 de abril, a 5ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu reduzir a pena do ex-presidente de 12 anos e 1 mês de prisão para 8 anos, 10 meses e 20 dias de prisão, com pagamento de 175 dias-multa –135 para o crime de corrupção passiva e 40 para de lavagem de dinheiro pelo caso triplex no Guarujá.

Com a decisão, o petista poderá cumprir a pena em regime semiaberto depois do pagamento da indenização e do cumprimento de 1/6 do tempo, como estabelece o Código Penal. O período será cumprido em setembro.

A liberdade de Lula depende, no entanto, de outro julgamento, o do caso do sitio de Atibaia (SP) no qual foi condenado pela juíza federal Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal do Paraná, a mais 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Foi acusado de receber R$ 1 milhão em propinas das empreiteiras Odebrecht e OAS para reformas no sítio.

A defesa já recorreu da decisão ao TRF-4, mas aguarda o julgamento. Caso a condenação seja mantida antes de setembro e seja determinado 1 novo pedido de prisão após condenação em 2ª Instância, Lula deve permanecer preso.

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