Renan vai declarar-se impedido sobre impeachment de Janot

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DF - STF/EDSON FACHIN/POSSE - POLÍTICA - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot (e), e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), durante a cerimônia de posse de Luiz Edson Fachin como ministro do STF, em Brasília, nesta terça- feira. 16/06/2015 - Foto: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO

Sobrou para o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC). Pois o presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu anunciar, na próxima quarta-feira, que se declara impedido para determinar abertura de processo de impeachment contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O presidente do Senado vai argumentar que ele próprio já defendeu que três dos procuradores que auxiliam Rodrigo Janot na força-tarefa da Lava Jato deveriam se julgar impedidos para participar de processos contra senadores.

São eles Vladimir Aras, Nicolau Dino de Castro Costa Neto e Wellingthon Cabral Saraiva. Os três tiveram seus nomes recusados pelo Senado para integrar o Conselho Nacional do Ministério Público.

Segundo Renan, assim como não considera razoável que estes procuradores investiguem senadores, também não pode, ele próprio, se considerar apto a abrir uma ação contra o procurador-geral da República, que pediu sua prisão ao Supremo Tribunal Federal (STF), embora tenha sido negada.

Assim, a decisão fica para o vice-presidente do Senado, Jorge Viana. Na verdade, o senador petista considera este um abacaxi em suas mãos.

É que Jorge Viana também estaria sendo investigado pela Operação Lava Jato. E ainda foi pego numa gravação de telefonema para Roberto Teixeira, advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na conversa, ele sugere que Lula desacate o juiz Sérgio Moro, provocando sua prisão com o objetivo de se tornar um “preso político”, o que daria chance ao PT de virar o país de cabeça para baixo.

Antes de se declarar impedido, Renan já havia recusado três pedidos de impeachment contra Janot.

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