Seminário discute reconhecimento das mulheres na cultura pernambucana

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3º Seminário Gênero e Patrimônio Cultural prossegue até quarta-feira (29), das 8h às 17h, no Centro Cultural dos Correios

Pensar as teorias de gênero nas universidades e levar essa discussão para os espaços públicos e de poder. Essa é uma das iniciativas fortalecidas com o 3º Seminário Gênero & Patrimônio Cultural – Direitos Culturais, Cidadania e Participação das Mulheres nas Políticas de Patrimônio, que iniciou nesta terça-feira (28) e vai até amanhã (29) no Centro Cultural dos Correios.

A professora do Departamento de Pós-Graduação e Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ana Cláudia, revela a importância de existir espaços reflexivos para o protagonismo feminino nas questões que envolvem a cultura, espaço no qual as mulheres ainda são invisibilizadas. A representante do Passo do Frevo, Wanessa Marinho comunga com a professora revelando que esse encontro é fundamental para a construção de políticas públicas que ajudem a diminuir as diferenças.

A representante da Fundarpe, Márcia Chamixaes, fala da importância de se valorizar a mulher dentro dos espaços culturais. Uma das formas de se fazer isso é o reconhecimento através do aumento dos registros de mulheres como patrimônio vivo. “Essa é uma lacuna que precisa ser preenchida e, para isso, precisamos ter um olhar diferenciado para o recorte feminino”, acrescenta. “A partir desse seminário, sugiro que cada uma de nós pense na consolidação de um documento que formalize o reconhecimento às mulheres como patrimônio cultural”, conclui.

Fortalecer a importância do papel da mulher na perpetuação do patrimônio artístico e cultural. Para a representante  Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Renata Borba, é através da união de forças entre setor público e sociedade civil que se consegue executar políticas voltadas para as mulheres.

A secretária executiva, da SecMulher-PE, Dóris Cavalcanti, informa que esse trabalho no protagonismo da mulher nos espaços de educação e cultura vem sendo realizado pela secretaria desde 2007 com a criação do Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero, implantação do Curso de Especialização em Gênero e Políticas Públicas e a criação dos Núcleos de Estudos de Gênero nas escolas de ensino médio, técnico subsequente, graduação e pós-graduação. “Para a SecMulher é fundamental discutir o papel das mulheres e o seu protagonismo nas questões de gênero. Esse ano tivemos o reconhecimento do Governador Paulo Câmara a  Maria dos Prazeres, como patrimônio vivo de Pernambuco e, em 2016, Mocinha de Passira que também recebeu o título”, conclui.

0 3º Seminário Gênero & Patrimônio Cultural prossegue até quarta-feira (29) e conta com a participação de produtoras culturais, membros de grupos e organizações culturais, gestores de políticas públicas para mulheres e de políticas culturais, professoras/es, pesquisadoras/es, estudantes, brincantes, representantes de movimentos sociais e público em geral.

A ação é articulada pela Secretaria da Mulher de Pernambuco, Secretaria de Cultura de Pernambuco, Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/PE) e do Programa de Pós Graduação em Antropologia (PPGA/UFPE), em parceria com o Paço do Frevo e Centro Cultural dos Correios.

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