Senado vai debater combate ao alcoolismo na adolescência

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Pesquisa aponta crescimento do consumo entre estudantes entre 13 e 17 anos

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal aprovou, na manhã desta quarta-feira (28), por unanimidade, um requerimento da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) que prevê a realização de audiência pública para debater soluções para frear o avanço do alcoolismo na adolescência.

A ideia é levar ao Parlamento representantes da sociedade civil que trabalham no enfrentamento ao alcoolismo nessa faixa etária, profissionais da saúde, gestores públicos e demais especialistas para debater alternativas legislativas e/ou políticas públicas que possam frear o avanço do consumo de bebidas alcoólicas nessa faixa etária.

Esse adolescente ainda está em formação e não sabe as consequências que o uso precoce do álcool vai trazer para a vida dele. E aqui não falamos da questão da saúde, mas até mesmo as situações de risco à segurança que jovens embriagados se colocam. Precisamos envolver os pais, os especialistas e toda a sociedade nessa discussão”, explica a parlamentar brasiliense.

Pesquisa

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirma que o álcool é a substância mais consumida entre os jovens, sendo que a idade de início de uso tem sido cada vez menor.

Segundo o levantamento, 63,3% dos estudantes entre 13 e 17 anos já experimentaram alguma bebida alcoólica. Mais: 47% dos alunos nessa faixa etária afirmaram que já ficaram embriagados pelo menos uma vez.

De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, a adolescência é uma etapa da vida em que ocorrem importantes desenvolvimentos físicos, cognitivos, sociais e emocionais. O consumo de álcool nesta fase, portanto, pode interromper o crescimento saudável necessário, levar a comportamentos insalubres e aumentar o risco de transtornos relacionados ao álcool na vida adulta.

A Sociedade Brasileira de Pediatria alerta que os efeitos danosos do álcool repercutem em desajuste social e atraso na aquisição de habilidades próprias da adolescência. O uso precoce de álcool também teria associação com o déficit de memória e alteração do sono, provocando acúmulo de cansaço, maior prejuízo laboral e educacional.

Entre os principais riscos, segundo a SBP, estaria a maior exposição a situações que podem levar a acidentes automobilísticos, a atividades sexuais sem proteção, à violência sexual, à maior exposição às infecções sexualmente transmissíveis e ao risco de gravidez.

Ascom – Sen. Damares Alves

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