Suicídio pode ser prevenido, dizem convidados de audiência

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A tendência ao suicídio pode indicar algum tipo de transtorno mental e as pessoas que fazem uma tentativa precisam de atendimento médico de emergência seguido de tratamento por uma equipe multidisciplinar. A questão foi apontada por participantes de audiência ontem, na Comissão de Direitos Humanos (CDH). O debate, requerido pela senadora Leila Barros (PSB-DF), tratou do Setembro Amarelo, movimento nacional de conscientização sobre a prevenção do suicídio. As ações para essa prevenção requerem articulação de famílias, poder público e sociedade, disseram os debatedores.

Presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina, o médico Antônio Geraldo da Silva destaca que o Brasil é o segundo lugar em casos de depressão no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. O suicídio é a sexta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil. De 2011 a 2017 foram registradas 80,3 mil mortes por suicídio no país. Os dados foram destacados pelo técnico do Ministério da Saúde Mauro Pioli Rehbein.

Representante do Movimento Vida e Paz, Nazareno Vasconcelos Feitosa considerou a aprovação da Lei 13.819, de 2019, que institui a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, um avanço. E alertou que há fatores agravantes, como isolamento, desemprego e endividamento.

— Em mais de 90% dos casos caberia um diagnóstico de transtorno mental e o uso de medicamentos que ajudam a restabelecer a pessoa, mas existe preconceito em relação ao problema de saúde mental. Depressão não é frescura, preguiça, nem falta de Deus. Porta-voz do Centro de Valorização da Vida (CVV), Leila Heredia destacou que a ligação para o 188 agora é gratuita.

Fonte: Agencia Senado

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