“Workshop sobre Fungos causadores de Morte Descendente e Podridões em Frutíferas no Vale do São Francisco”

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A Embrapa Semiárido promove no dia 13/09 (terça-feira) o “Workshop sobre Fungos causadores de Morte Descendente e Podridões em Frutíferas no Vale do São Francisco”. A ocorrência crescente desses micro-organismos nos pomares da região têm registrado o aumento em perdas de produção e nos prejuízos econômicos causados pela devolução de frutos deteriorados por parte agentes comerciais nos mercados interno e externo.

Na origem desses danos estão os fungos da Família Botryosphaeriaceae, principalmente os do gênero Lasiodiplodia. Estes patógenos de plantas lenhosas causam doenças em vários hospedeiros que sustentam o desenvolvimento de municípios como Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), principal polo de fruticultura irrigada do país. Dentre as plantas hospedeiras desses fungos, podemos citar a videira, a mangueira, a aceroleira, o cajueiro, o coqueiro, o mamoeiro, os citros além da macieira e do abacateiro, entre outros.

O workshop é a primeira iniciativa de reunião entre pesquisadores, profissionais de assistência técnica e produtores para discutirem alternativas de contenção desses micro-organismos. A programação técnica está marcada por palestras e debates sobre a ocorrência dessas doenças – Morte descendente e podridões – em algumas frutíferas e proferidas por pesquisadores de Unidades da Embrapa (Semiárido, Agroindústria Tropical, Tabuleiros Costeiros, Mandioca e Fruticultura), da UNIVASF e técnicos de organizações privadas.

Os fungos como os de Lasiodiplodia são característicos das regiões tropicais e subtropicais. Segundo a pesquisadora Maria Angélica Guimarães, coordenadora do workshop, têm capacidade de sobreviver nos tecidos vegetais vivos ou mortos e de se disseminar pelo vento e, principalmente, por respingos de água e mesmo por instrumentos como os de poda. Nas plantas, os sintomas se apresentam como morte descendente de ramos, cancros em caules, exsudação de resinose, podridões pedunculares em frutos e do colo, que são agravados quando submetidas a condições de estresse.

O que agrava a incidência de fungos dessa espécie é que o material propagativo pode estar infectado pelo fungo, sem apresentar sintomas, mas na ocorrência de condições de estresse para a planta, como nutrição desequilibrada, falta ou excesso de água, temperaturas muito elevadas, etc, podem desencadear o processo de patogênese do fungo e este, começar a causar doença. “Os principais danos, porém, estão nos registros de redução das colheitas. Em videiras, por exemplo, podem ser vistos falhas na brotação, cachos menores e bagas com menor teor de açúcar”.

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